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Pesquisadores da USP desenvolvem novo tratamento para o mal de Chagas

05-07-2014 01:24:50 (2845 acessos)
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estão desenvolvendo nova molécula para tratamento da doença de Chagas. Ivone Carvalho, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (USP), a substância é menos tóxica e mais eficiente no tratamento do que os medicamentos usados atualmente. A doença começa com febre.

 


Pesquisa teve como base a estrutura do benznidazol, remédio utilizado no Brasil para combater o Trypanossoma cruzi, parasita transmitido pelo inseto conhecido como barbeiro e causador da doença. Ivone explica que a ideia é aperfeiçoar o tratamento. “Nós temos problemas com o tratamento atual, que é antigo. O medicamento disponível tem problemas de toxicidade, de ineficácia na fase crônica. E também desenvolvimento de resistência ao tratamento”. Explicação é da pesquisadora.


“Nesses estudos, ela mostrou uma resposta interessante. Não foi tóxica para a célula. Teve maior atividade para matar o parasita do que o próprio fármaco”.


 


Na fase inicial, a doença tem sintomas como febre e mal-estar, podendo ser confundidas com outras enfermidades. Caso não seja tratado adequadamente, o paciente pode desenvolver a forma crônica da doença, quando o Trypanossoma se hospeda nos tecidos e pode causar o crescimento de órgãos como o coração e o esôfago.


O medicamento usado atualmente tem efeitos limitados para eliminar o parasita nessa segunda fase do mal de Chagas. Segundo o Ministério da Saúde,  existem entre 2 milhões e 3 milhões de pessoas infectadas no Brasil, a maior parte na fase crônica.


A descoberta da molécula já foi patenteada pela Agência USP de Inovação. Além de ser mais eficiente, a nova substância deverá ter menos efeitos colaterais do que a usada hoje, que pode causar enjoos e dores estomacais. “Nós temos aí uma entidade química promissora”, comemora Ivone sobre a molécula que até agora só foi testada in vitro. O próximo passo serão os testes com camundongos, a serem feitos na Faculdade de Medicina da USP.

 

 

Fonte: Agência Brasil
 

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