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Nas Américas uma crise sem igual na saúde mental

Nas Américas uma crise sem igual na saúde mental
25-08-2020 22:29:36 (680 acessos)
Aflições mentais como ansiedade e depressão atingiram um pico inédito nas Américas. É a primeira consequência mais grave do isolamento e estresse imposto aos cidadãos do mundo. Pior é que os "entendidos" em saúde pública, não previram a gravidade das medidas adotadas e assim, nem mostraram aos governantes sobre o perigo. Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) agora sai a público dizendo que o quadro está instalado e requer "respostas". Difícil entender a referência depois do mal instalado.

 


Há dois anos, 2018, o Brasil teve quase 73 mil trabalhadores afastados

por causa de males da mente. Sistema de saúde pública indicava que 11,5

milhões de pessoas estavam sofrendo com depressão. Se esse quadro

se agravou com as políticas do coronavírus, é fácil prever o

trabalho que terão as unidades de saúde para cuidar dos pacientes.

Carissa Etienne, diretora da Organização, afirma que os “serviços de saúde mental são essenciais para a resposta contra a covid-19 e, em última instância, para o processo de reconstrução. Devemos agir para que aqueles que vivem com problemas de saúde mental, assim como os sobreviventes de violência, recebam o apoio que necessitam”. 

E não são apenas os problemas de saúde mental que foram intensificados pela pandemia. Com o maior consumo de álcool e drogas, os casos de violência doméstica também se agravaram. O levantamento da OPAS mostra que Brasil, México e Estados Unidos são os maiores afetados pelos efeitos psicológicos negativos da pandemia. Nesses países, cerca de 50% da população enfrenta aumento de estresse perceptível.

Etienne afirmou ainda que profissionais da área de saúde encontram-se em uma situação ainda mais delicada, pois além de lidarem com pressões sociais decorrentes da pandemia, estão na linha de frente do combate à covid-19. A diretora da OPAS pediu que as famílias façam esforço maior no diálogo com jovens. “É normal sentir-se triste, estressado, confuso e assustado com essa crise. Todos sentimos isso. Os conflitos, porém, devem ser mínimos”.

 

Doença mental e atenção pública

Pesquisas não são atuais. Mas o desafio é mais grave por causa do problema causado pelo isolamento da pandemia de coronavírus e a política incorreta aplicada pelos poderes públicos.

Menos de um agente de saúde para cada 100 mil pessoas;

menos de um psiquiatra para cada paciente; este era o quadro

do atendimento à doença mental pelo mundo antes da reclusão

determinada pelos agentes sanitárias a fim de oprevenir a infecção.

Governos precisam atentar para a necessidade urgente do aumento do financiamento aos serviços de saúde mental em todo o mundo. Aproximadamente metade da população mundial vive em um país onde existe menos de um psiquiatra para cada 100 mil pessoas.

Atlas da Saúde Mental 2014, mostra como média global, menos de um agente de saúde mental para cada 10 mil pessoas. Esse número cai ainda mais em países de renda baixa e média para menos de um agente de saúde por 100 mil pessoas. Os gastos globais na saúde mental continuam muito baixos, com países de baixa e média renda dedicando menos de dois dólares por habitante por ano. Países de renda alta, em comparação, gastam mais de 50 dólares.

Sofredores de doença mental cresceram de tal forma, que exigem uma revolução nas estruturas sanitárias para cuidar de tantos. O mal afeta quase uma em cada 10 pessoas em pelo mundo.

 

 

 

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