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Iniciativa Araucária quer replantar florestas de pinheiros no Brasil

21-09-2020 11:43:22 (1552 acessos)
Está lançada a "Iniciativa Araucária" destinada a incentivar pesquisa, comunicação, transferência de tecnologia e articulação entre instituições para promover o plantio e reflorestamento da espécie pinheiro, cientificamente chamada de Araucaria angustifólia. Com informações reunidas nos últimos 40 anos, a EMBRAPA Florestas quer empregar experiências relatadas em mais de 300 trabalhos científicos desenvolvidos pelas equipes de Colombo e Ponta Grossa (Paraná) e Caçador (Santa Catarina).

 


20200703 - 22:12:39 horas

A milenar araucária (Araucaria angustifolia), espécie florestal n

ativa brasileira e fonte histórica de madeira de qualidade e de

pinhões para a alimentação, irá receber um novo aporte de ações

que visam reforçar sua importância para a sociedade 

No Dia da Araucária (20200624), a EMBRAPA Florestas lançou a “Iniciativa Araucária”, uma série de ações envolvendo pesquisa, comunicação, transferência de tecnologia e articulação entre instituições. A Iniciativa tem como objetivo promover o plantio da espécie, além de divulgar as bases científicas que fundamentam a utilidade e a importância da Araucaria angustifolia.

A EMBRAPA Florestas atua, entre outras atividades, na pesquisa da araucária há mais de 40 anos, e neste período têm sido desenvolvidas diversas possibilidades para uso e propagação. “Há um clamor social e político para que se plante araucárias, por isso atuamos para garantir a conservação dessa espécie icônica ligada a nossos processos de desenvolvimento, alimentação e cultura. Nossa experiência de 40 anos de pesquisa nos dá a certeza de que há alternativas econômicas para se gerar renda com o plantio de algumas espécies nativas na área da Floresta com Araucária”, afirma Erich Schaitza, chefe geral da EMBRAPA Florestas. 

Com o projeto Iniciativa Araucária, a Empresa propõe atuar em quatro frentes. A primeira consiste em alinhar as atividades de pesquisa científica às demandas do setor produtivo, formado por pequenos agricultores, reflorestadores e indústrias. Essa ação implica estabelecer um diálogo constante entre produtores e pesquisadores. “Na verdade, esse diálogo já ocorre, mas há espaço para trabalhos com novos públicos e áreas”, esclarece Schaitza.

Comunicação direta


Outro pilar do projeto será a comunicação, que buscará levar o conhecimento

científico gerado ao setor produtivo e à sociedade. Para isso, serão abertas

várias plataformas e canais de comunicação para os interessados em

participar. Para isso, serão utilizados como base os mais de 300

trabalhos científicos sobre a Araucária e as

oportunidades decorrentes de seu plantio.

O terceiro vetor da Iniciativa Araucária será a transferência de tecnologia, visando colocar em prática todo o conhecimento gerado. “Vamos segmentar o público para tecnologias de plantio de Araucária e estabelecer um calendário de eventos, treinamentos e demonstrações sobre técnicas de plantio, conservação e uso do pinheiro-do- paraná, como também é conhecida a araucária. Vamos usar nossas áreas da Embrapa Florestas, localizadas em Colombo (PR), Caçador (SC) e Ponta Grossa (PR) como fontes de difusão de conhecimento”, afirma Schaitza.

Conservação e geração de renda


Além da importância da conservação da espécie, há outros grandes processos que justificam a adoção da Iniciativa Araucária, visando beneficiar o setor produtivo e sociedade. 

O Serviço Florestal Brasileiro publicou recentemente o Inventário Florestal Nacional para os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que apresenta informações oficiais organizadas e consistentes sobre as florestas de Araucária em grande parte de sua abrangência. Esses resultados são complementados por levantamentos de uso da terra atuais desenvolvidos pelos governos estaduais, proporcionando mapas e informações qualitativas sobre as florestas.

Outro aspecto que justifica a ações de promoção do plantio da araucária se baseia na implementação da recente legislação florestal. A implementação do Código Florestal Brasileiro através do Cadastro Ambiental Rural e dos Programas de Recuperação Ambiental das propriedades rurais (PRA) levará centenas de milhares de produtores a recuperarem áreas de preservação permanente e reservas legais com o plantio de árvores nativas. “Na área da Floresta Ombrófila Mista, serão dezenas de milhares de produtores que procurarão plantar a araucária e outras espécies como erva-mate e bracatinga, com um olho em conservação e outro na obtenção de renda. E precisam de conhecimento para isso”, garante Schaitza.

Articulação institucional


E para alinhavar as ações propostas, a EMBRAPA Florestas também irá fomentar a articulação entre as principais instituições que já vêm atuando em prol da araucária. “Plantar araucária não depende só da Embrapa e de seus trabalhos de pesquisa. Há muitas instituições e organizações da sociedade que podem se juntar à iniciativa e articular suas ações junto às nossas. Na área pública federal vemos Ibama, ICMBio, Serviço Florestal Brasileiro e os Ministérios da Agricultura, Meio Ambiente, Educação e Ciência e Tecnologia; nos Estados, as Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente, instituições de pesquisa, assistência técnica e extensão e órgãos ambientais; e as prefeituras como parceiros naturais. Na área privada, as associações de produtores e organizações não governamentais também são importantes parceiros”, explica Schaitza.

Parcerias pela araucária


Um dos pilares da Iniciativa Araucária será buscar construir junto ao setor produtivo um movimento pelo plantio da araucária. “Vamos conversar com a sociedade, convidar parceiros, mostrar oportunidades, mobilizar instituições públicas para trabalharem conosco. Vale dizer que não esperamos coordenar nenhum esforço além do nosso. O que queremos é gerar uma corrente que facilite a ação de outras forças na mesma direção da nossa. Temos plena certeza de que a pesquisa não gera avanços sozinha. Ela precisa que outros agentes públicos e privados, especialmente o setor produtivo, façam o processo do desenvolvimento sustentável rodar. Aí sim, a pesquisa se torna essencial para dar suporte ao processo, com bases sólidas e sustentáveis”. 

Quer conhecer mais? Acesse: www.embrapa.br/florestas

 

 

Fonte: EMBRAPA - Manuela Bergamim
 

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