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Mortes por transtornos do uso de drogas aumentam 71%

27-06-2020 16:04:58 (881 acessos)
Números não são atuais mas o Relatório Mundial sobre Drogas 2020, está dizendo que na última década o número total de mortes por transtornos associados ao uso de opioides, teve alta de 71%, com aumento de 92% entre as mulheres, comparado com 63% entre os homens. Entre essas drogas a maconha está em destaque provocando todo tipo de perturbação, especialmente síndrome do pânico e câncer, entre os 192 milhões de consumidores (dados de 2018).

 


 Relatório Mundial sobre Drogas 2020 (20200625) pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC)

mostra que cerca de 269 milhões de pessoas usaram drogas no mundo em 2018,

aumento de 30% em comparação com 2009. Além disso, mais de 35 milhões de

pessoas sofrem de transtornos associados ao uso de drogas.

O relatório também analisa o impacto da COVID-19 nos mercados de drogas e, embora seus efeitos ainda não sejam totalmente conhecidos, o fechamento de fronteiras e outras restrições relacionadas à pandemia já causaram escassez de drogas nas ruas, levando ao aumento de preços e à redução da pureza.

O aumento do desemprego e a redução de oportunidades causados pela pandemia também podem afetar desproporcionalmente as camadas mais pobres, tornando-as mais vulneráveis ao uso e ao tráfico e cultivo de drogas para obterem sustento, aponta o relatório.

A diretora-executiva do UNODC, Ghada Waly, explicou que os grupos vulneráveis e marginalizados, jovens, mulheres e as camadas mais pobres pagam o preço do problema das drogas no mundo. “A crise da COVID-19 e a retração econômica ameaçam agravar ainda mais os riscos das drogas, quando nossos sistemas sociais e de saúde estão à beira de um colapso e nossas sociedades estão lutando para lidar com esse problema”.

“Precisamos que todos os governos demonstrem maior solidariedade e apoiem, principalmente os países em desenvolvimento, no combate ao tráfico ilícito de drogas e ofereçam serviços baseados em evidências para os transtornos associados ao uso indevido de drogas e doenças relacionadas, para que possamos alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, promover a justiça e não deixar ninguém para trás”, afirmou a diretora-executiva do UNODC.

Devido à COVID-19, os traficantes podem ter que encontrar novas rotas e métodos, e as atividades ligadas ao tráfico e remessas pelo correio podem aumentar, apesar de a cadeia de suprimentos postais internacionais ter sido interrompida.

A pandemia também tem levado à escassez de opioides, o que pode resultar

em pessoas que buscam substâncias mais facilmente disponíveis, como álcool,

benzodiazepinas ou mistura com drogas sintéticas. Podem surgir padrões de

uso mais prejudiciais à medida que alguns usuários passem

para o uso da injeção, ou injetem com maior frequência.

Ao observar outros efeitos da atual pandemia, o relatório alerta que se os governos reagirem igual à crise de 2008, quando reduziram orçamentos de drogas, intervenções para prevenção, serviços de tratamento e fornecimento de naloxona, usado na reversão da overdose de opioides, populações podem ser mais duramente atingidas.

As operações de interceptação e a cooperação internacional também podem se tornar menos prioritárias, facilitando a operação por parte dos traficantes.

Tendências no uso de drogas

Enquanto a cannabis foi a substância mais consumida no mundo em 2018, com uma estimativa de 192 milhões de pessoas que a usaram, os opioides, no entanto, continuam sendo os mais nocivos, pois na última década o número total de mortes por transtornos associados ao uso de opioides teve alta de 71%, com aumento de 92% entre as mulheres, comparado com 63% entre os homens.

O uso de drogas aumentou muito mais rapidamente entre os países em desenvolvimento, durante o período 2000-2018, do que nos países desenvolvidos. Adolescentes e jovens representam a maior parcela daqueles que usam drogas, enquanto os jovens também são os mais vulneráveis aos efeitos das drogas, pois são os que mais consomem e seus cérebros ainda estão em desenvolvimento.

Tendências da cannabis

Embora o impacto das leis que legalizaram a cannabis em alguns países ainda seja difícil de avaliar, é notável que o uso frequente da cannabis aumentou em todas essas áreas após a legalização. Em alguns desses países, os produtos mais potentes da cannabis também são mais comuns no mercado.

A cannabis também continua sendo a principal droga

que coloca as pessoas em contato com o sistema de

justiça criminal, respondendo por mais da metade dos

casos de infrações à lei de drogas, com base em dados

de 69 países, no período de 2014 a 2018.

Disponibilidade de opioides médicos

O relatório também aponta que os países de baixa renda ainda sofrem com a escassez de opioides farmacêuticos, usados para controle da dor e cuidados paliativos.

Mais de 90% de todos os opioides farmacêuticos disponíveis para consumo médico encontravam-se em países de alta renda em 2018, compreendendo cerca de 12% da população mundial.

A estimativa é de que os países de baixa e média renda, que compreendem 88% da população mundial, consumam menos de 10% de opioides farmacêuticos. O acesso aos opioides farmacêuticos depende de vários fatores, incluindo legislação, cultura, sistemas de saúde e práticas de prescrição.

Pobreza, marginalização

Pobreza, pouca educação e marginalização social continuam sendo fatores importantes que aumentam o risco de ocorrência de transtornos associados ao uso de drogas. Além disso, os grupos vulneráveis e marginalizados também podem enfrentar barreiras para obter serviços de tratamento devido à discriminação e ao estigma.

O Relatório Mundial sobre Drogas de 2020 oferece uma visão global sobre a oferta e a demanda de opioides, cocaína, cannabis, estimulantes do tipo anfetamina e Novas Substâncias Psicoativas (NPS), bem como sobre o impacto na saúde, levando em conta os possíveis efeitos da pandemia da COVID-19.

O documento destaca, por meio de pesquisa aprimorada e dados mais precisos, que os efeitos adversos para a saúde devido ao uso de drogas, são mais generalizados do que se pensava anteriormente.

Acesse aqui o relatório completo.

 

 

Fonte: ONU - UNODC
 

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