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Calor de 38 graus derrete gelo dos polos e preocupa cientistas

25-06-2020 22:13:42 (1466 acessos)
No polo Ártico e na Antártica a temperatura alcançou recordes de 38 graus centígrados, em momento preocupante do ambiente terrestre. Comprovação é dos cientistas instalados na base de pesquisa argentina Esperanza, situada no extremo norte da Antártica. Mas nesses últimos dias também o Círculo Polar Ártico russo apresentou o mesmo nível de temperatura. Dados estão em análise nos laboratórios da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Técnicos foram ao local para ratificar esses acontecimentos.

 


Organização mostrou imagem aérea da Ilha Rei Geroge,

na Antártica. Impressiona volume de gelo derretido e a

existência de ághua fluída na maior parte do Continente que

nestas circunstâncias nem pode ser chamado de "gelado".

Relatos de que as temperaturas em Verkhoyansk, cidade russa do Círculo Polar Ártico, "provavelmente" atingiram um recorde de 38°C no último fim de semana (20200620), estão sendo analisados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). Organismo aguarda verificação final.

“A OMM está buscando verificar relatos de um novo registro de temperatura ao norte do Círculo Polar Ártico”, disse em Genebra (Suiça), Clare Nullis, porta-voz da OMM. “Foi relatado na cidade russa de Verkhoyansk em meio a uma onda de calor prolongada na Sibéria e a um aumento na atividade de incêndios florestais”.

Se as autoridades russas confirmarem a observação da temperatura realizada no último sábado dia 20 de junho de 2020, a OMM encaminhará a descoberta para análise mais detalhada, por um painel internacional de especialistas.

A região da Sibéria Oriental, atualmente em destaque, é conhecida pelos extremos climáticos no inverno e no verão, com temperaturas acima de 30°C, o que não é incomum em julho.

Este último relato de temperatura do Ártico mais típica dos trópicos, ocorre alguns meses depois da base de pesquisa argentina Esperanza, no extremo norte da península antártica, ter estabelecido uma nova temperatura recorde de 18,4°C em 6 de fevereiro.

Ártico esquenta mais rápido

Segundo a OMM, o Ártico está aquecendo aproximadamente o

dobro da média global. O pico segue um período prolongado de

ondas de calor e incêndios na Sibéria, depois da primavera

incomumente quente que também foi caracterizada pela falta de neve.

Dados da Organização mostram que maio estava cerca de 10°C acima da média em muitas partes da Sibéria, “e foi esse calor extraordinário que realmente impulsionou, fez o mês mais quente já registrado para o Hemisfério Norte. Acredita-se que no nível global também”, disse Nullis.

Temperaturas do ar no Ártico, de 2016 a 2019, foram as mais altas já registradas.

Igualmente preocupante, foi o volume de gelo marinho do Ártico em setembro de 2019 (após a estação de derretimento) diminuiu mais de 50%, em comparação com a média de 1979 a 2019.

Para verificar os índices exorbitantes, os técnicos solicitam informações adicionais ao serviço meteorológico russo Roshydromet, incluindo as leituras, o tipo de equipamento usado e como a observação corresponde a outras tomadas pelas estações meteorológicas próximas.

“Esses dados serão examinados com muito cuidado por um painel internacional de cientistas atmosféricos que, uma vez discutidos, farão recomendação sobre se a observação é ou não válida”. Isso foi o que afirmou o professor Randall Cerveny, relator da OMM.

Acrescentou: “o resultado final será uma informação incrivelmente valiosa que ajudará os cientistas climáticos a entender melhor o clima, engenheiros e médicos a se prepararem melhor para os extremos climáticos. O público também será beneficiado, porque conhece as vantagens de obter melhor informação sobre as mudanças climáticas em todo o planeta”.

 

 

Fonte: OPNU - OMM
 

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