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Organização Mundial da Saúde alerta contra pânico do Covid-19

26-02-2020 21:08:44 (936 acessos)
“É hora de fatos, não de medo. Este é um momento de racionalidade, não de rumores. É um momento de solidariedade, não de estigma”. São apelos do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. Lembra que há preocupação porque o mundo já conta com aproximados 30 mil casos e 2700 mortos. Alerta que atitudes de "pânico" só irão agravar a situação. Melhor é que os governos dos países intensifiquem esforços para combater o vírus.

 


Com o número de casos do novo coronavírus ultrapassando os 30 mil, o diretor-geral disse a especialistas em política externa e segurança reunidos na Conferência de Segurança de Munique que a agência da ONU está satisfeita com o fato de não ter ocorrido fora da China, uma transmissão generalizada do vírus, agora denominada COVID-19.

 “É impossível prever qual direção essa epidemia irá tomar”.

A OMS também disse estar encorajada pelo fato de “a comunidade global de pesquisa ter se reunido para identificar e acelerar as necessidades de pesquisa mais urgentes em diagnósticos, tratamentos e vacinas”. Uma equipe de especialistas internacionais está agora na China, trabalhando em estreita colaboração com colegas chineses para entender o surto e informar os próximos passos na resposta global.

O vírus surgiu no centro da China no final de dezembro e os números mais recentes mostram que este infectou mais de 63 mil pessoas e matou cerca de 1,3 mil, principalmente na China. A OMS classificou o COVID-19 como uma ameaça global à saúde.

“As medidas tomadas pela China para conter o surto em

sua fonte, parecem ter feito o mundo ganhar tempo”, disse Tedros.

“Não sabemos quanto tempo”

O chefe da OMS disse que o otimismo da agência foi atenuado por várias preocupações importantes, incluindo o crescente número de casos na China. Particularmente preocupam o número de profissionais de saúde que foram infectados; a falta de urgência no financiamento da resposta da comunidade internacional; os altos níveis de boatos e desinformação que dificultam a resposta; e o caos potencial que o vírus pode causar em países com sistemas de saúde mais fracos.

“Os surtos de Ebola e COVID-19 ressaltam mais uma vez a importância vital de todos os países investirem em preparação e não entrarem em pânico”, disse Tedros. Lembrou que há dois anos a OMS e o Banco Mundial fundaram o Conselho Global de Monitoramento da Preparação, um órgão independente para avaliar o estado de prontidão do mundo para uma pandemia.

Em 2019 o primeiro relatório concluiu que o mundo continua mal preparado.

“Por muito tempo, o mundo operou em um ciclo de pânico e negligência.

Jogamos dinheiro em um surto e, quando este acaba, esquecemos e

não fazemos nada para impedir o próximo. Isso é francamente

difícil de entender e perigosamente míope”, alertou Tedros.

Aumentar a resposta, combater a desinformação

Tedros descreveu os principais pedidos da

comunidade internacional para o caminho a seguir:

Use a janela de oportunidade oferecida pela ação rápida da China para intensificar a preparação, inclusive para a chegada de novos casos, tratando pacientes com dignidade e protegendo os profissionais de saúde;


Afaste-se da desinformação, pois as notícias falsas se espalham mais rapidamente e com mais facilidade que esse vírus e são igualmente perigosas.

Governos, empresas e organizações de notícias precisam trabalhar com a OMS para soar o nível apropriado de alarme, sem acender as chamas da histeria;


A abordagem governamental deve ser coerente e coordenada, guiada por evidências e prioridades de saúde pública, pois combater a disseminação do vírus “não é tarefa apenas dos ministros da Saúde”.

“Nós temos uma escolha. Podemos nos unir para enfrentar um inimigo comum e perigoso? Ou permitiremos que o medo, a suspeita e a irracionalidade nos distraiam e nos dividam?”, questionou o chefe da OMS.

Disse que no mundo dividido e fragmentado, a saúde era uma das poucas áreas em que a cooperação internacional oferecia a oportunidade para os países trabalharem juntos por uma causa comum.

 

 

Fonte: OMS
 

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