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É preciso mudar ações da ONU para reduzir poluição do mundo

26-11-2019 19:12:57 (1493 acessos)
Para limitar o aumento das temperaturas, as emissões anuais em 2030 precisam ser 15 gigatoneladas de CO2 equivalente mais baixas do que as CNDs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) atuais para a meta de 2°C e 32 gigatoneladas mais baixas para a meta de 1,5°C. Em termos anuais, isso significa reduções de 7,6% ao ano entre 2020 a 2030 para cumprir a meta de 1,5°C e 2,7% ao ano para a meta de 2°C. Mais um alerta da ONU Meio Ambiente, preparando o debate em Madrid, sobre o clima.

 


Lamentável que os dirigentes da ONU, Organização das Nações Unidas) não tenham percebido que a demora em resolver os índices crescentes de poluição, que deterioram o ambiente, depende de acordos decisivos dos responsáveis pela produção em sentido amplo. É urgente colocar sobre a mesa os fabricantes de qualquer coisa, os produtores de tudo o que se consome e, planejadores e executivos de governos do mundo.

São os que decidem quanto poluir! Convocações solenes e papeis assinados, não resolvem. Provas são fartas no meio ambiente: recursos naturais perecendo, fauna e flora agredidas de modo irresponsável, tudo para conquistar mais bem-estar ao homem. Contrasenso. A produção deve ser "sustentável", ou seja, em benefício de todos sem prejuízo à vida.

Mas a ONU não percebe isso! Dirigentes de boa vontade e pouca resolução,

limitam-se aos lamentos nos eventos crueis da intempérie; pedidos de

socorro às forças dos Estados-membro e anualmente gastar o que não

dispõem, nas mega-reuniões que devem parar urgenetemente. Contestar

esta verdade é impossível. Basta olhar os níveis de poluição no ar, terra

e água. Há mais de meio século perduram essas tentativas fracassadas,

sem coordenação efetiva e com resultados pífios.

Trata-se da questão ambiental. Não se desqualifica certos êxitos da Organização, em cuidar de males instalados como guerras, bombas, destruição, refugiados e expatriados.

Mudar é preciso!

Novo documento produzido pelos inspetores das Nações Unidas, é mais um esforço para sensibilizar os poluidores este relatório lançado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Documento avisa: a menos que as emissões globais de gases de efeito estufa (GEEs) caiam 7,6% ao ano entre 2020 e 2030, o mundo perderá a oportunidade de entrar na trajetória rumo à meta do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura em até 1,5°C.

O Relatório sobre a Lacuna de Emissões 2019 (Emissions Gap Report, em inglês) do PNUMA afirma que, mesmo que todos os compromissos atuais sob o Acordo de Paris sejam implementados, as temperaturas deverão subir 3,2°C, trazendo impactos climáticos ainda maiores e mais destrutivos.

Para alcançar a meta de 1,5°C, a ambição coletiva precisa aumentar em mais de 5 vezes em relação aos níveis atuais, para proporcionar os cortes necessários na próxima década.

O ano de 2020 é crítico para a ação climática.

A conferência das Nações Unidas sobre mudança

do clima, em Glasgow, objetiva determinar o

curso futuro dos esforços para evitar a crise.

Nela, os países precisam intensificar

significativamente os compromissos climáticos.

“Por dez anos, o Relatório sobre a Lacuna de Emissões tem soado o alarme, e por dez anos o mundo só aumentou suas emissões”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres. “Nunca foi tão importante dar ouvidos à ciência. A não observação desses avisos e tomar medidas drásticas para reverter as emissões implica que continuaremos a testemunhar ondas de calor mortais e tempestades e poluição catastróficas.”

Alertou o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) que se a temperatura ultrapassar 1,5°C aumentarão a frequência e a intensidade dos impactos climáticos, como as ondas de calor e tempestades testemunhadas em todo o mundo nos últimos anos.

“Nosso fracasso coletivo em agir cedo e com firmeza com relação às mudanças climáticas, significa que agora precisamos realizar grandes cortes nas emissões, de mais de 7% ao ano, se forem distribuídos uniformemente na próxima década". Foi o que disse Inger Andersen, diretora-executiva do PNUMA. “Isso mostra que os países simplesmente não podem esperar até o final de 2020, quando precisaremos de novos compromissos climáticos, para intensificar suas ações. Eles e todas as cidades, regiões, empresas e indivíduos devem agir agora.”

Observou ainda: “Precisamos de vitórias rápidas para reduzir as emissões o máximo possível em 2020, e Contribuições Nacionalmente Determinadas (CNDs) mais fortes para iniciar as principais transformações em economias e sociedades. Precisamos compensar os anos em que procrastinamos. Se não fizermos isso, a meta de 1,5°C estará fora de alcance antes de 2030.”

Os países do G20 respondem coletivamente por 75% de todas as emissões, mas apenas 5 deles se comprometeram com a meta de emissões zero a longo prazo.

No curto prazo, os países desenvolvidos terão que reduzir as emissões mais rapidamente que os países em desenvolvimento, por razões de justiça e equidade. No entanto, todos os países do mundo precisarão contribuir mais para os efeitos coletivos.

Os países em desenvolvimento podem aprender com os esforços bem-sucedidos nos países desenvolvidos e até ultrapassá-los e, adotar tecnologias mais limpas em um ritmo mais rápido.

O relatório diz que todas as nações precisam aumentar substancialmente a ambição nas CNDs (Contribuições Nacionalmente Determinadas), como são conhecidos os compromissos de Paris, em 2020 e acompanhar políticas e estratégias para implementá-las. Estão disponíveis soluções para viabilizar o cumprimento das metas de Paris; mas não estão sendo implantadas com rapidez suficiente ou em escala suficientemente grande.

A cada ano, o relatório do PNUMA avalia a diferença entre as emissões

previstas para 2030 e os níveis consistentes com as metas de 1,5°C e

de 2°C do Acordo de Paris. O relatório constata que as emissões de GEE

aumentaram 1,5% ao ano na última década. As emissões em 2018,

incluindo as mudanças no uso da terra, como o desmatamento,

atingiram uma nova alta de 55,3 gigatoneladas de CO2 equivalente.

Para limitar o aumento das temperaturas, as emissões anuais em 2030 precisam ser 15 gigatoneladas de CO2 equivalente mais baixas do que as CNDs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) atuais para a meta de 2°C e 32 gigatoneladas mais baixas para a meta de 1,5°C. Em termos anuais, isso significa reduções de 7,6% ao ano entre 2020 a 2030 para cumprir a meta de 1,5°C e 2,7% ao ano para a meta de 2°C.

Para cumprir esses cortes, os níveis de ambição nas CNDs precisam aumentar pelo menos cinco vezes para a meta de 1,5°C e três vezes para os 2°C.

De acordo com o relatório, as mudanças do clima ainda podem ser limitadas a 1,5°C. Há uma maior compreensão dos benefícios adicionais da ação climática, como ar limpo e o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Existem muitos esforços ambiciosos de governos, cidades, empresas e investidores. As opções de soluções e a pressão e vontade de implementá-las são mais abundantes do que nunca, segundo o documento.

Como ocorre todos os anos, o relatório concentra-se no potencial de setores específicos para proporcionar cortes de emissões. Em 2019, ele analisa a transição energética e o potencial de eficiência no uso de materiais, o que pode ajudar bastante a diminuir o déficit de emissões.

Clique aqui para acessar o Relatório sobre a Lacuna de Emissões 2019.

 

 

 

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