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Autoexame dos seios não elimina suspeita de câncer

29-09-2019 00:44:56 (2627 acessos)
Autoexame dos seios ajuda a conhecer o próprio corpo, mas não substitui o exame clínico das mamas. Antônio Frasson, médico presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), diz que o autoexame deixou de ser recomendado em países mais desenvolvidos há mais de 10 anos por não ser capaz de descobrir tumores de até 1 centímetro. Ministério da Saúde brasileiro também partilha da mesma indicação, por entender que isso pode contribuir para a mortalidade feminina.

 


Há preocupação de que ao se

autoapalpar e não identificar nenhuma alteração,

mulheres deixem de procurar atendimento médico

e de fazer exames de detecção do câncer. Falhas

neste rastreamento e a lentidão entre a confirmação

e o tratamento, contribuem para a mortalidade.

“O autoexame não é capaz de identificar lesões pré-malignas, lesões muito pequenas, antes de se tornarem câncer, propriamente dito, ou seja, não consegue descobrir as lesões quando elas podem ser tratadas mais facilmente”. Autoexame só é preconizado onde não existe mamografia ou outro método de diagnóstico. A Europa e EUA, por exemplo, não recomendam mais o autoexame. Na Índia, onde não há mamografia acessível, o método ainda é utilizado, mas para evitar complicações do câncer de mama.

A SBM avalia que a falta de informação sobre o câncer de mama atrapalha o diagnóstico e o tratamento. Para atualizar a sociedade sobre a doença, a entidade faz uma pesquisa online. No questionário, os profissionais também querem saber se as mulheres confiam no autoexame como forma de prevenir a doença. Eles também querem identificar gargalos que atrasam o acesso aos mamógrafos e o tempo que a paciente pode ter de esperar entre a confirmação e o início do tratamento. Esse tempo, não pode passar de 60 dias por determinação legal.

“Temos alguns levantamentos brasileiros mostrando que no sistema público

os tumores são diagnosticados de forma tardia e que, quando existe uma

queixa, de nódulo na mama, ou existe queixa de alteração no seio, há uma

demora no diagnóstico. As mulheres têm dificuldade de marcar mamografia,

biópsia, agendar consulta com especialistas. Então, queremos entender, em

diferentes regiões e perfis de pacientes, aprender, como agilizar as duas etapas”.

Com a pesquisa, a primeira da SBM que consulta diretamente as mulheres, há ainda perguntas acerca de sinais, sintomas, fatores de risco e eficiência de campanhas. Para responder, é preciso ser mulher, ter mais de 18 anos e cerca de dez minutos disponíveis. O resultado deve ser anunciado até o fim deste mês. O questionário está no link: https://lnkd.in/d343z9W.

O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA) confirmam a orientação da SBM sobre o autoexame. Orientam a mulher a apalpar as mamas sempre que se sentir confortável, a qualquer tempo, sem nenhuma recomendação técnica específica ou periódica. Os dados oficiais mostram que é mais comum mulheres identificarem caroços no seio casualmente (no banho ou na troca de roupa) do que no autoexame mensal. A mudança, de acordo com o ministério, surgiu do fato de que, na prática, muitas mulheres descobriram a doença a partir de uma observação casual e não por meio de uma prática sistemática de se autoexaminar.

Outra recomendação é que mesmo sem sintomas, mulheres a partir dos 40 anos façam anualmente o exame clínico das mamas e aquelas entre 50 e 69 anos, no caso de baixo risco, se submetam a mamografia, pelo menos, a cada dois anos. Esta periodicidade leva em conta benefícios e riscos da mamografia, que é um raio-X capaz de identificar tumores pequenos. Já mulheres consideradas de alto risco devem procurar acompanhamento individualizado. Este grupo inclui aquelas com história familiar de câncer de mama em parente de primeiro grau antes dos 50 anos.

O câncer de mama é o tipo de câncer mais frequente na mulher

brasileira, com alta letalidade. Nesta doença, ocorre um desenvolvimento

irregular das mamas, que se multiplicam até formar um tumor maligno.

Os médicos não identificaram as causas precisas da doença, mas alertam

para o crescente número de mulheres abaixo de 40 anos em tratamento.

Hábitos saudáveis e uma rotina de exercícios são as principais recomendações para evitar qualquer tipo de câncer. O tratamento pode variar entre cirurgia e quimioterapia.

 

 

Fonte: Sociedade Brasileira de Mastologia, Agência Brasi
 

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