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Brasil e ONU tentam reduzir perdas de alimentos

25-06-2018 18:52:23 (2086 acessos)
Todo ano 1,3 bilhão de toneladas de comida é desperdiçada ou se perde no processo de produção. Isso representa em torno de 30% do total de alimentos do mundo. Número é da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura). Mas a entidade revelou no Rio de Janeiro que até 2030 quer reduzir em 50% essas perdas.

 


Desperdício responde por 46% da quantidade de comida que vai parar no lixo.

Já as perdas — que ocorrem sobretudo nas fases de produção, armazenamento

e transporte — correspondem a 54% do total. Estratégias devem ser colocadas 

nos sistemas de produção e abastecimento, incluindo no momento pós-colheita.

Outra consequência grave é que o lançamento de alimentos no lixo, provoca 3,3

bilhões de toneladas de gases do efeito estufa no meio ambiente.

Brasil, deu apoio com a criação do Comitê Técnico da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN). O objetivo foi desenvolver uma estratégia comum para enfrentar o problema, além de estabelecer diretrizes gerais para mensurar os desperdícios e perdas no País. A agência da ONU também estimula um diagnóstico nacional sobre a questão, cuujo trabalho está em andamento.

Interesse foi reunir os especialistas brasileiros para começar a pensar uma proposta e apoiar o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na quantificação das perdas e desperdício de alimentos no País. É preciso saber o quanto é perdido e desperdiçado para depois perseguir o objetivo até 2030.

Os Rastros do Desperdício de Alimentos: Impactos sobre os Recursos Naturais é o primeiro estudo que analisa os efeitos do desperdício de alimentos global, a partir de uma perspectiva ambiental, focando particularmente em suas consequências para o clima, uso da água e do solo e biodiversidade.

Acompanhando o novo estudo, a FAO também publicou um manual prático com as recomendações sobre como reduzir a perda e o desperdício de alimentos em cada etapa da cadeia alimentar. Manual inclui informações sobre uma série de projetos ao redor do mundo que mostram como os governos nacionais e locais, os agricultores, as empresas e os consumidores individuais podem tomar medidas para responderem ao problema.

Alimentos produzidos, mas não consumidos, utilizam um volume de água equivalente

ao fluxo anual do rio Volga, na Rússia. Além dos impactos ambientais, as consequências

econômicas diretas do desperdício de alimentos (sem incluir peixes e frutos do mar)

atingem o montante de US$ 750 bilhões por ano, de acordo com as estimativas do estudo da FAO.

“Todos nós, agricultores e pescadores, processadores de alimentos e supermercados, governos locais e nacionais e consumidores individuais, temos de fazer mudanças ao longo de toda a cadeia alimentar humana para impedir que ocorra, desde já, o desperdício e, não sendo isto possível, promover a reutilização ou a reciclagem”. Palavras do Diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva. Não podemos simplesmente permitir que um terço de todos os alimentos produzidos seja perdido ou desperdiçado devido a práticas inadequadas, quando 870 milhões de pessoas passam fome todos os dias”.

 

 

 

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