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No carnaval, cuide dos olhos. Médico explica como prevenir problemas.

21-02-2020 11:17:39 (2545 acessos)
Conjuntivite (inflamação da conjuntiva), ceratite (inflamação da córnea) e neurite óptica; são alguns dos problemas oculares que levam as pessoas ao hospital durante e após o carnaval. Além das aglomerações, essas perturbações são decorrentes de descuidos no uso de maquiagem, serpentinas em spray, espumas e bebida alcoólica falsificada. Para evitar complicações, preste atenção nos conselhos do oftalmologista do Instituto Penido Burnier, de Campinas, São Paulo, Leôncio Queiroz Neto.

 


Carnaval coloca olhos em risco

Aglomerações, maquiagem, espuma de

carnaval, serpentina em spray e bebida

alcoólica falsificada são os grandes

vilões. Saiba como se proteger.

 

Os olhos sofrem no carnaval. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier, prontuários do hospital mostram que os atendimentos de emergência atingem o pico no período da festa. Os problemas oculares que levam os foliões ao serviço de emergência são: conjuntivite (inflamação da conjuntiva), ceratite (inflamação da córnea) e neurite óptica.

Perigo das aglomerações e maquiagem

O oftalmologista afirma que a conjuntivite viral e bacteriana comuns no verão, atingem o pico no carnaval pelo maior contato físico das pessoas nos desfiles de rua ou salões e pelo compartilhamento de maquiagem. "Maquiagem é igual escova de dente". Cada mulher deve ter a sua. A flora bacteriana é diferente entre as pessoas. Por isso o compartilhamento de maquiagem para a área dos olhos causa contaminação

Queiroz Neto destaca que maquiagem vencida, produtos com glitter ou purpurina e o contato das pálpebras com a cola dos cílios postiços são importantes veículos de conjuntivite alérgica. O uso de cosméticos por crianças, alerta, pode desencadear alergia crônica, ou seja, uma intolerância perene. Isso porque, explica, na infância os olhos e o sistema imunológico estão em desenvolvimento. Por isso, só recomenda o uso de maquiagem após os 12 anos de idade.

Os sintomas comuns aos três tipos de conjuntivite elencados pelo especialista são: coceira, lacrimejamento, sensibilidade à luz, pálpebras inchadas e olhos vermelhos. A diferença, explica, é que na viral os olhos apresentam um secreção viscosa, na bacteriana a secreção é purulenta e na alérgica a secreção é aquosa, além da coceira ser mais intensa.

Prevenção

As dicas do médico para prevenir a conjuntivite viral, bacteriana e alérgica são:

  • Lavar as mãos com frequência
  • Evitar coçar os olhos.
  • Não compartilhar maquiagem colírio, toalhas ou fronhas.
  • Retirar a maquiagem ou cílios postiços em caso de coceira, e lavar os olhos abundantemente com água.
  • Enxugar o suor ao redor dos olhos com lenço descartável para evitar a penetração de cosméticos.
  • Fazer compressa de água fria quando a secreção for transparente e morna quando for amarelada. Não desaparecendo o sintoma procurar o médico.

Espuma de carnaval e serpentina em spray afetam a córnea

Queiroz Neto afirma que o contato do olho com espuma de carnaval e serpentina em spray podem causar desde alergia até ceratite, uma inflamação na córnea. Dependendo da quantidade e tempo de exposição a estes produtos a lesão pode evoluir para uma úlcera e queda permanente da visão. Isso porque, contêm resinas que podem causar queimadura.

A dica do médico para evitar complicações é lavar com bastante água sem esfregar a superfície e evitar o uso de água boricada que pode piorar a irritação. Não desaparecendo o desconforto e a sensação de visão embaçada é necessário consultar um oftalmologista imediatamente.

Bebida falsificada

Queiroz Neto alerta que o consumo de bebida alcoólica falsificada tende a crescer no carnaval e pode causar neurite óptica, uma inflamação do nervo óptico que e leva à perda permanente da visão. A doença é provocada pela maior quantidade de metanol nas bebidas clandestinas do que o permitido pela legislação.

Apesar da maior destilaria clandestina já descoberta no do País com capacidade de produzir de 1,2 mil a 1,5 mil litros de bebida/dia ter sido desmantelada, fica a dica. Antes de consumir qualquer destilado é importante checar o registro do Ministério da Agricultura. Enxergar no pós-carnaval não tem preço.

 

 

Fonte: Instituto Penido Burnier SP - Eutrópia Turazzi
 

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