Maria Della Costa, atriz
Falecimento em 24/Janeiro/2015

Nascimento em 1/Janeiro/1926

Beleza gaúcha natural de Flores da Cunha, Rio Grande do Sul, Gentile Maria Marchioro Della Costa Poloni fez sucesso prontamente nos anos quarenta quando surgiu nos palcos. Faleceu aos 89 anos de idade, quando internada no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Tinha residência em Paraty, onde era proprietária do Hotel Coxixo.

 

A estreia foi como show-girl no Cassino Copacabana, assim que mudou-se para o Rio de Janeiro. Mas o primeiro papel como atriz de teatro foi na peça "A Moreninha", da obra de Joaquim Manuel de Macedo. Logo depois foi para Portugal, onde estuda arte dramática com a atriz Palmira Bastos, no Conservatório de Lisboa.

 

Ao voltar para o Brasil, integra o grupo Os Comediantes e participa de espetáculos como: "Rainha Morta", de Henry de Montherlant (1946), e, em 1947, "Terras do sem Fim", de Jorge Amado, "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues, e "Não Sou Eu", de Edgard da Rocha Miranda. Em 1948, como o marido, Sandro Polloni, funda o Teatro Popular de Arte e estreia a peça "Anjo Negro", de Nelson Rodrigues, no Teatro Fênix, Rio de Janeiro. Em 1954, inaugura o teatro, batizado com o próprio nome, em São Paulo, projetado por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.

 

Sandro Polloni, à frente do Teatro Maria Della Costa, cria um repertório considerado um dos melhores do teatro brasileiro. Montagens como "Tobacco Road", de Erskine Caldwell e Jack Kirkland, "A Prostituta Respeitosa", de Sartre, "Com a Pulga Atrás da Orelha", de Feydeau, "A Moratória", de Jorge Andrade, "Rosa Tatuada", de Tennessee Williams, e "A Alma Boa de Setsuan", de Brecht.

 

Nos anos 60, em Nova York, conhece o autor Arthur Miller e, na volta, monta o texto "Depois da Queda", com direção de Flávio Rangel, comemorando os dez anos de seu teatro. Com Rangel, faz também os espetáculos "Homens de Papel", de Plínio Marcos (1967), e "Tudo no Jardim", de Edward Albee (1968), entre outros.

 

Último espetáculo foi "Típico Romântico", do então autor estreante Otávio Frias Filho, sob a direção de Maurício Paroni de Castro. No cinema, participou de vários filmes, como "O Cavalo 13", "O Malandro e a Grã-fina", ambos de Luiz de Barros, "Inocência", "Caminhos do Sul" e "Moral em Concordata", entre outros. Na televisão, fez as novelas "Beto Rockfeller", em 1968, "Estúpido Cupido" e "Te contei?".

 

Em 2002 é homenageada pelo Ministério da Cultura com a Ordem do Mérito Cultural.