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SAL EM EXCESSO PODE CAUSAR DOENÇAS NOS OLHOS
28-03-2008 09:57:39 (3801 acessos) Brasileiro consome duas a três vezes mais sal do que o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Aumenta 53% risco de contrair catarata.

Enriquecido com iodo no Brasil, o sal em excesso aumentou as disfunções de tireóide que atinge mais a mulher e em 90% dos casos acarretam problemas oculares.



O consumo de sal no Brasil tornou-se problema de saúde pública. Isso porque, cada brasileiro consome ao dia de 12 a 19 gramas contra a recomendação de 6 gramas pela OMS (Organização Mundial da Saúde). O alto consumo do sal de cozinha pode causar graves doenças nos olhos, além de doenças sistêmicas como a hipertensão.


Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, em excesso o sódio contido no sal aumenta em 53% o risco de contrair catarata, opacificação do cristalino que leva à cegueira. Isso porque, o sal regula os fluídos e substâncias extracelulares. O consumo abusivo, dificulta a manutenção da pressão osmótica entre as células do cristalino que para conservar a transparência, também requer baixo nível de sódio.


Por isso, a partir dos 50 anos o ideal é reduzir o consumo diário para 5 gramas já que o metabolismo se torna mais lento e a retenção de líquido é maior. Estas são as principais recomendações do médico para diminuir o sal na alimentação: eliminar o saleiro da mesa, acrescentar outros condimentos para realçar o sabor, evitar embutidos, conservas e alimentos industrializados com glutamato de sódio.


NO BRASIL A CATARATA

SURGE CADA VEZ MAIS CEDO


Queiroz Neto diz que o brasileiro não leva a sério a influência dos hábitos sobre a saúde dos olhos porque muitos têm efeito cumulativo e não são percebidos de imediato.


A catarata, destaca, é decorrente do envelhecimento ocular, mas no Brasil cresce 20% ao ano contra 14,5% da população com mais de 60 anos. Isso prova que o brasileiro está desenvolvendo catarata cada vez mais cedo por falta de prevenção, afirma.


Estudo desenvolvido pelo médico com mil pessoas mostra que menos de 1% protege os olhos do sol e só 40% dos óculos escuros usados têm lentes que bloqueiam a radiação ultravioleta. Além de controlar o sal na alimentação ele diz que para prevenir a catarata é importante usar lentes com proteção ultravioleta em toda atividade ao ar livre, mesmo em dias nublados. Lentes escuras sem proteção são piores do que não usar nada, afirma, porque permitem a maior penetração da radiação nos olhos.


IODAÇÃO DO SAL PODE

ATACAR SISTEMA AUTO-IMUNE


A concentração de iodo nas embalagens de sal deve corresponder de 20 a 60 miligramas por quilo e não pode ultrapassar este limite, adverte Queiroz Neto. Isso porque, o consumo excessivo de iodo pode deflagrar um ataque do sistema imunológico à tireóide e está relacionado a 20% dos distúrbios da glândula, responsável pela produção de hormônios reguladores do metabolismo.


No Brasil 15% da população tem alguma tireoidite (inflamação da tireóide) com incidência de hipotireodismo em 12% das mulheres. Queiroz Neto afirma que a tireoidite responde por 90% dos casos de orbitopatia de graves, doença auto-imune do globo ocular caracterizada por olhos vermelhos, retração palpebral, inchaço da conjuntiva e dor.


Orbitopatia pode ser lipogênica ou miogênica. A lipogênica se distingue pelo deslocamento do globo ocular para frente a ponto de algumas pessoas não poderem usar óculos porque as lentes tocam as córneas. O tratamento é feito com corticóide e descompressão do globo ocular.


Não são só as pessoas com olhos saltados que tem problemas na visão decorrentes de tireoidite. O médico diz que na orbitopatia miogênica o deslocamento do globo ocular é mais discreto, mas pode ocorrer estrabismo restritivo, visão dupla, elevação da pressão intra-ocular e neuropatia óptica.


O tratamento depende das alterações e pode incluir desde colírios para controlar a pressão intra-ocular, até cirurgia de correção do estrabismo e aplicação de radioterapia nos casos de neuropatia óptica. Em geral as doenças auto-imunes exigem atenção permanente do paciente para evitar maiores complicações, ressalta.


Problema é que a maioria dos portadores de tireoidite, desconhece que tem a doença. Para fazer auto-exame, a dica de Queiroz Neto é parar em frente a um espelho com um copo de água, levar a cabeça para trás e tomar um gole da água, colocando a mão sobre a tireóide que fica no pescoço logo abaixo do “pomo de adão”. Se sentir algum nódulo deve procurar um especialista.

Instituto Penido Burnier
Avenida Andrade Neves 683 - Campinas - SP
www.penidoburnier.com.br
leoncio@penidoburnier.com.br
 

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